Ordem Luciferiana da Luz
Lilith, pura manifestação da maldade ou energia ainda pouco conhecida
Diversas tradições falam desta criatura. Ainda que por nomes distintos, praticamente por unanimidade, ela é apresentada como a primeira mulher que habitou a face da Terra. Na tradição bíblica, ela aparece como a primeira esposa de Adão, fazendo parte assim do mito da criação da raça humana, ainda que por razões a serem vistas, seu nome passa a ser substituído pelo de Eva, tornando-se esta a segunda mulher de Adão, formando assim o primeiro casal da história.
Contudo, vejamos pelo seguinte ângulo: se Lilith foi uma criação divina para juntamente com Adão ser mãe da humanidade, reivindicou, com isso, a condição de igualdade plena, mesmo que por diversos motivos e principalmente a não sujeição perante Adão mais a própria revolta contra o próprio Criador que a levaria, conseqüentemente, à expulsão e, logo após esse fato, surge Eva que toma assim o lugar da sua antecessora. Porém, Lilith não sendo destruída, ainda que destituída das suas funções, forma uma aliança, quase que de imediato, com as potências infernais. A partir de então, passa a integrar, segundo as mesmas tradições, as suas legiões.
Entretanto, não podemos deixar de observar que, tendo sido ela criada para a função de matriarca da humanidade – mesmo que deixando de sê-lo, porém sem desaparecer por completo –, podemos então concluir que, de certa forma, Lilith pode ser vista como uma energia feminina na sua essência ancestral, ainda que, a partir da tentativa de expurgo quase total do seu nome, começa então uma forte campanha contra ela que, certamente, ainda hoje, produz grandes estragos sobre a própria compreensão de o que ou de quem é de fato Lilith e que, ao longo do tempo, geraram diversos mitos sobre essa energia, assim como diversas frases depreciativas tais como: existem mulheres de Eva e mulheres de Lilith, isto é, querendo dizer com isso que as primeiras são ótimas companheiras, esposas, mães; já a segunda, representa as mulheres que servem para todo tipo de aventura e diversão, verdadeiras cortesãs do prazer, mas não servem para mais nada além disso, arcando assim com todo tipo de aborrecimento todo aquele que quiser desrespeitar essa suposta regra Sinceramente, discordo, plenamente, deste tipo de coisa.
Pessoas não podem ser rotuladas meramente por energias regentes ou vigentes em suas vidas e, sim, pelo caráter que cada uma vai desenvolver e, conseqüentemente, apresentar em sua vida. Por outro lado, agora falando da minha própria experiência em trabalhos que desenvolvo, há mais de uma década, com mulheres com forte presença e influência de Lilith em suas vidas, que essas manifestações que mesmo emanadas de uma fonte única se tornam subdivididas, tornando-se assim manifestações individuais em cada caso estudado e tratado por mim. Nunca encontrei duas freqüências de Lilith iguais. Pude observar uma quase tendência à formação de grupos dentro dessas manifestações que, volto a dizer, são, sem dúvida alguma, únicas em cada caso que tratei. Como por exemplo: algumas trazem consigo uma tendência muito forte à instabilidade, seja ela emocional ou até mesmo no trato dos relacionamentos que são ora estabelecidos; outro grupo, bastante comum, difere do anterior, pois traz consigo uma quase, digamos assim, tranqüilidade e uma facilidade muito grande em penetrar nos mais diversos círculos sociais.